Inclusão, pesquisa e resultados: esporte na UFRN transcende a prática esportiva clássica

15 de Setembro de 2017 às 06:16

Um projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi selecionado no Programa Segundo Tempo (PST) Deficiência e vai proporcionar a instalação de núcleos de atendimento para atender alunos deficientes da Universidade na prática esportiva. De acordo com os professores do Departamento de Educação Física da UFRN, Maria Aparecida Dias e Allysson Carvalho, a iniciativa prevê unidades em Natal e Santa Cruz, ambas com capacidade para atender 100 pessoas durante dois anos. O resultado com as propostas selecionadas em todo o Brasil foi divulgado no último dia 11 de agosto pelo Ministério do Esporte, responsável pelo desenvolvimento do PST.

 

“O núcleo é importante porque envolve a sistematização de práticas esportivas e de recreação com uma comunidade específica. Os alunos beneficiados são atendidos três vezes na semana, duas horas por encontro, em determinada prática esportiva, que será selecionada e cuja escolha estará diretamente ligada com a disponibilidade de espaço e os equipamentos que a gente tem. Pode ser futebol, mais tradicional, ou até badminton”, explica Allysson Carvalho.

 

Maria Aparecida enfatiza que o financiamento engloba a prática adaptada de esportes por meio da utilização de um “kit com bolas, raquetes, material esportivo de um modo geral, que serão utilizados no programa e na formação dos educadores físicos,também, em sala de aula, junto às disciplinas”.

 

A professora destaca que o Programa Segundo Tempo possui duas habilitações, Paradesporto e Universitário. Além do resultado final do PST Deficiência, o Ministério também divulgou o resultado parcial do Universitário, no qual a UFRN também teve proposta classificada, obtendo a melhor pontuação de todo o Nordeste. Ambos projetos são coordenados por professores do Grupo de Pesquisa Corpo e Cultura de Movimento (GEPEC), que possui 15 anos de atuação na Universidade.

 

A UFRN, inclusive, lidera no estado os Centros de Desenvolvimento de Esporte Recreativo e de Lazer, popularmente conhecida como Rede CEDES e que procura produzir e difundir conhecimentos voltados para o aperfeiçoamento e a qualificação de projetos, programas e políticas públicas de esporte recreativo e de lazer, por meio da produção e difusão de conhecimentos fundamentados nas Ciências Humanas e Sociais.

 

O protagonismo da Universidade foi exposto pelos dois educadores à reitora, Angela Maria Paiva Cruz, e aos pró-reitores adjuntos de Extensão e de Pesquisa, respectivamente,Breno Guilherme de Araújo Tinoco Cabral e Sibele Berenice Castellã Pergher, na última semana, quando ambos apresentaram a proposta de candidatura da UFRN, para sediar a próxima edição do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte, em 2019. A vigésima edição do evento ocorrerá neste mês de setembro, em Goiás, com cerca de 1.500 participantes, momento em que acontece a escolha da próxima sede. A reitora endossou a proposta de candidatura e destacou que o esporte mantém um espaço de destaque não apenas no aspecto acadêmico, com projetos e pesquisas, mas também, com resultados em competições esportivas.

 

“Cotidianamente recebemos informações sobre conquistas em diferentes modalidades, com pessoas de diferentes faixas etárias envolvidas. Também constantemente sediamos ou participamos da organização de eventos”, ressalta a reitora. Em 2018, a UFRN vai sediar o Campeonato Pan-Americano de Basquete Máster, competição que prevê a realização de clínicas com ex-atletas internacionais para professores e alunos da UFRN. “Temos pendências como a conclusão do complexo esportivo, mas esse cenário é fruto de um conjunto de ações que passou pela institucionalização da nossa Política de Esportes, também”, destaca Angela Paiva.

 

Boletim produzido pela Agência de Comunicação da UFRN – AGECOM

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